BOAS VINDAS E EXPLICAÇÕES

TEMPORARIAMENTE FORA DO AR!!!!

Primeiramente....bem vindos ao blog , espero colaborar um pouquinho com a divulgação desse meio maravilhoso que é o dos musicais! As atualizações estão muito difíceis por causa da tremenda falta de tempo que eu tenho ultimamente, espero que logo mais eu possa me empenhar mais aqui no blog! Deixem seus comentários, eu faço de tudo para respondê-los mesmo que demore e os respondo nos próprios comentários!se tiver correções tbm mande...mas eu naum sei qdo vou poder corrigir!! Se você tiver novidades também me procure (POR FAVOR) porque assim fica mais fácil quando eu tiver tempo para vir por aqui!
Desde já agradeço a todos!

domingo, 30 de março de 2008

noviça jornal do brasil

O Casa Grande incendeia
Rachel Almeida

O Teatro Casa Grande, inaugurado há 42 anos, foi descrito no ano da sua fundação como um "supermercado cultural", numa reportagem do JB, tamanha a diversidade de espetáculos. Foi palco de montagens celebradas como O mistério de Irma Vap (1986), com Ney Latorraca e Marco Nanini; Nadja Zulpério (1988), com Regina Casé; e A máquina (2000), dirigida por João Falcão; shows de Elis Regina e Chico Buarque, ambos em 1974; e debates acalorados nos anos de ditadura. A agitação, no entanto, sempre foi mais marcante do que as instalações propriamente ditas, um galpão de madeira com teto de zinco. Em termos de urdimento, coxias e tecnologia, nunca foi um primor. Piorou em 1997, quando um incêndio o deixou praticamente em ruínas. Os "loucos" se atreveram a encarar o espaço e até foram feitas campanhas, como O Casa Grande Vive. A partir de 8 de maio, o cenário será outro. O suntuoso Oi Casa Grande entra em cena depois de longa reforma e quatro anos fechado. Com mil lugares, é desde já a aposta para encabeçar a lista dos melhores teatros do Rio. A reinauguração acontece com o musical A noviça rebelde, da dupla Charles Möeller e Cláudio Botelho.
- Será outro teatro - anuncia Moisés Aichenblat, fundador do espaço e integrante da Sociedade Teatral Casa Grande. - Criamos um estabelecimento que poderá receber qualquer gênero de peça, espetáculos musicais, shows e até concertos de orquestra com dezenas de músicos. O tratamento acústico é excepcional. Os artistas e o público terão muita comodidade. Temos um pouco menos da metade dos assentos do Municipal, mas o dobro de banheiros.
Erguido na Avenida Afrânio de Melo Franco, está em terreno que pertence ao Estado do Rio e trabalha com concessões renovadas a cada década. Depois do incêndio, funcionou parcialmente em situação precária. O quadro mudou com o acordo da Secretaria de Cultura com os empreendedores do Shopping Leblon, ao lado do teatro, que ficaram responsáveis por erguer um novo prédio para funcionamento de um centro cultural. Em 2004, as ruínas foram demolidas.
Em parceria com a Oi, a Sociedade Teatral Casa Grande arcou com um custo de R$ 5 milhões para a transformação do novo espaço num teatro de referência. Com palco italiano, o teatro terá platéia e balcão.
- É um espaço com bom urdimento, fosso, camarins e cabines de luz e de som excelentes - descreve o cenógrafo José Dias, consultor técnico do teatro. - É um teatro funcional e generoso, com a possibilidade da montagem de espetáculos de pequeno, médio e grande portes e ainda numa área urbana privilegiada.
A noviça rebelde tem no elenco Kiara Sasso, como a cantante Maria; Herson Capri, como o sissudo capitão Von Trapp; Fernando Eiras, como o Tio Max; Solange Badin, como a baronesa, e grande elenco. Referência em produções musicais, Möeller e Botelho se ressentem da falta de teatros com capacidade para receber espetáculos de grande porte, como os existentes na capital paulista.
- Temos o Carlos Gomes e o João Caetano, que também têm porte para grandes montagens, mas o Oi Casa Grande foi pensado para o gênero musical - elogia Botelho. - Acústica e maquinarias foram preparadas com esse objetivo. Também temos canhões de luz mais verticais, como os existentes na Broadway.
Aberto em 25 de agosto de 1966, por Max Hans, Moisés Aichenblat e Moisés Fucs, o Casa Grande recebeu inicialmente o nome de Café-Concerto. O jornalista e pesquisador Sérgio Cabral era o encarregado de divulgar os shows nos dois primeiros anos. Em 1969, foi reconstruído e passou a ser palco de grandes shows, como os de Milton Nascimento e Chico Buarque, em suas primeiras apresentações ao público carioca. Nos anos 70 e 80, personalidades como Antonio Callado, Antônio Houaiss e o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva participaram de discussões políticas no espaço.
O diretor Aderbal Freire-Filho participou de uma série de debates e chegou a organizar um deles, o Bate-Boca com o Rio de Janeiro inteiro. Montou o musical A feiticeira, com Marília Pêra, Lulu Santos e Lobão, nos anos 70. E foi o último a usar o teatro antes da demolição, na premiada montagem de O que diz Molero, no fim de 2003.
- Só os loucos usaram o teatro depois do incêndio - brinca Aderbal. - Lembro-me de que tivemos que contratar uma firma dessas que fazem show na praia, para montar um palco e uma arquibancada. Alugamos ar-refrigerado e equipamento de microfone para o palco, já que o barulho da rua vazava para o teatro. E tivemos até uma briga com o pessoal da construção do shopping, que queria começar as obras. Agora, vai nascer um novo teatro.
A atriz Marília Pêra guarda boas recordações do Casa Grande:
- Foi e é um teatro fundamental. Fiz muitas peças lá e participei de uma série de reuniões com a classe artística. Agora, com a reforma, vamos ganhar um teatro de qualidade, preservando o nome.

Fonte:JBonline

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