Calabar foi escrita no final de 1973, em parceria com o cineasta Ruy Guerra e dirigida por Fernando Peixoto. A peça relativiza a posição de Domingos Fernandes Calabar no episódio histórico em que ele preferiu tomar partido ao lado dos holandeses contra a coroa portuguesa. Era uma das mais caras produções teatrais da época, custou cerca de 30 mil dólares e empregava mais de 80 pessoas. Como sempre, a censura do regime militar deveria aprovar e liberar a obra em um ensaio especialmente dedicado a isso. Depois de toda a montagem pronta e da primeira liberação do texto, veio a espera pela aprovação final. Foram três meses de expectativa e, em 20 de outubro de 1974, o general Antônio Bandeira, da Polícia Federal, sem motivo aparente, proibiu a peça, proibiu o nome Calabar e, como se não bastasse, ainda proibiu que a proibição fosse divulgada. O prejuízo para os autores e para o ator Fernando Torres, produtores da montagem, foi enorme. Seis anos mais tarde, uma nova montagem estrearia, desta vez, liberada pela censura.
Fonte: Site Chico Buarque
Produção: Fernando Torres e Fernanda Montenegro
Direção: Fernando Peixoto
Diretores assistentes: Mário Masetti e Zdenek Hampl
Direção de produção: Cacá Teixeira
Assistente de produção: Renato Laforet e Leda Borges
Direção musical: Dori Caymmi
Orquestração: Edu Lobo
Coreografia: Zdenek Hampl
Cenários: Hélio Eichbauer
Figurinos: Rosa Magalhães e Hélio Eichbauer
Elenco:
Tete Medina
Tete Medina
Betty Faria
Hélio Ari
Antônio Ganzarolli
Lutero Luís
Flávio São-Tiago
Perfeito Fortuna
Deoclides Gouvêa
Odilon Wagner
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