BOAS VINDAS E EXPLICAÇÕES

TEMPORARIAMENTE FORA DO AR!!!!

Primeiramente....bem vindos ao blog , espero colaborar um pouquinho com a divulgação desse meio maravilhoso que é o dos musicais! As atualizações estão muito difíceis por causa da tremenda falta de tempo que eu tenho ultimamente, espero que logo mais eu possa me empenhar mais aqui no blog! Deixem seus comentários, eu faço de tudo para respondê-los mesmo que demore e os respondo nos próprios comentários!se tiver correções tbm mande...mas eu naum sei qdo vou poder corrigir!! Se você tiver novidades também me procure (POR FAVOR) porque assim fica mais fácil quando eu tiver tempo para vir por aqui!
Desde já agradeço a todos!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

HISTÓRIA

O teatro musical no Brasil se originou, mais precisamente, por volta de 1859, com a fundação do Alcazar Lírico por artistas franceses, no Teatro Ginásio do Rio de Janeiro. O espetáculo chamou-se As Surpresas do Sr. José da Piedade, de Justiniano de Figueiredo Novaes.
Inovando as peças teatrais, transformando-as em
operetas e ações curtas, todas de caráter satírico de inspiração francesa, o teatro musicado tornou mais acessível o teatro ao grande público.
Composto de diversas influências, nascia assim o teatro de revista brasileiro, gênero de espetáculo característico do Rio de Janeiro. Nesta primeira fase, a revista não exigia uma linha narrativa, embora o modelo que aqui chegou exigia o compère e a commère. O casal de cantores e bailarinos deviam serguir a regra de ela ser obrigatoriamente elegante e bonita, e ele alegre e malandro, colocando um toque de sátira em cada frase e em cada nova seqüência do espetáculo.
Uma das grandes compositoras do teatro de resvista brasileiro foi
Chiquinha Gonzaga. O teatro representou para ela a conquista de um público maior e o reconhecimento como compositora e um retorno financeiro seguro. Em 1880, ela escreveu um libreto e tentou musicá-lo, o que acabou como uma peça de costumes, Festa de São João. Somente em 1885 conseguiu estrear como a maestro em parceria com Palhares Ribeiro, compondo a opereta em um ato A Corte na Roça. Aos poucos seu nome foi se firmando no meio teatral carioca, participando de vários espetáculos como compositora e regente: A Filha de Guedes (1885), O Bilontra e a Mulher-Homem (1886); O maxixe na Cidade Nova (1886); O Zé Caipira (1887).
Outro escritor do teatro de revista foi
Arthur Azevedo. Sua primeira peça foi O Rio, de 1877, que de forma humorística mostrava os principais acontecimentos políticos e sociais do Brasil.
Carlos Gomes também musicou peças e revistas teatrais.
Em 1887, com a apresentação da revista La gran via, encenada por uma companhia
espanhola, o teatro musicado brasileiro sofreu uma transformação com a descoberta de números musicais cantados por coristas em movimento.
Arthur Azevedo, em uma de suas revistas intitulada Fantasia (1896), apresenta a seguinte definição para o gênero:
"Pimenta sim, muita pimenta E quatro, ou cinco, ou seis lundus, Chalaças velhas, bolorentas, Pernas à mostra e seios nus..."
O teatro de revista brasileiro se caracterizou como um veículo de difusão de modos e costumes, um retrato sociológico da época, com peças alegres, falas irônicas e de duplo sentido, e finalmente canções "apimentadas" e hinos picarescos, gênero do qual Arthur Azevedo mais se apropriou para criar os enredos de suas peças de teatro de revista.
Com ele se se deu o apogeu das paródias burletas do teatro. A linguagem é marcada pela valorização do texto em relação à encenação e a dança, com uma crítica de costumes apimentada e cheia de versos e personagens alegóricos. Nas revistas apresentadas ao início de cada ano, apresentava-se o resumo cômico do ano anterior, as cenas curtas eram representadas por um grupo de personagens que falavam sobre os acontecimentos reais enquanto andavam pelas ruas do Rio de Janeiro, os teatros, o jóquei ou mesmo na imprensa, à procura de alguma coisa que revelasse o humor.
Outra influência foi de Luiz Carlos Peixoto de Castro, que estreou em
1917 como cenógrafo na revista Três pancadas. Em 1918, fez outra revista de sucesso, a Flor do Catumbi, com Carlos Bittencourt, e músicas de Júlio Cristóbal e Enrique Sánchez.
Viajou para Paris na
década de 1920, onde trabalhou e trouxe novas idéias, quando do retorno ao Brasil, idéias que revolucionaram o teatro de revista no Rio, com o desnudar do corpo feminino, despindo-o das grossas meias que até então eram a base do espetáculo, mostrando partes do corpo feminino, que passam a ser mais valorizadas em danças, quadros musicais, etc.
Surge o elemento cenográfico se contrapondo ao elemento coreográfico.
Jardel Jércolis substituiu a orquestra de cordas pela banda de jazz e a performance física do maestro passa a fazer parte do espetáculo, demonstrando a influência dos ritmos americanos.
Pascoal Segreto fundou, na mesma época, a Companhia Nacional de Revistas e Burletas, com a Companhia Ba-ta-clan no Teatro São José, na Praça Tiradentes. Firmou-se o gênero de revista musical de costumes, entre 1923 e 1925 e, com ele, Luiz Carlos Peixoto de Castro, que além de escrever para o teatro, foi diretor artístico, cenógrafo e figurinista da Companhia de Teatro São José, e diretor artístico da Companhia Tangará, no Cine-Teatro Glória e, em 1924, estreou a revista Secos e molhados, em parceria com Marques Porto.
Outra companhia foi o Teatro Recreio (1924), de Manoel Pinto, que iniciou um período de grandes espetáculos, abrigando autores e atores próprios. Em seguida, transferiu-se para o
Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes, como Companhia de Revistas Margarida Max. Nessa segunda fase, a revista é movida por grandes nomes que levam o público ao teatro. É uma fase em que a revista se equilibra entre quadros cômicos e de crítica política, e os números musicais e de fantasia.
Em
1926, Luiz Carlos Peixoto de Castro escreveu com Marques Porto] a revista Prestes a chegar, que alcançou grande sucesso, com músicas de Júlio Cristóbal e Pedro Sá Pereira. Em 1927, a mesma dupla escreveu a revista Paulista de Macaé. No mesmo ano, fundou, juntamente com Hekel Tavares, Álvaro Moreyra e Joraci Camargo, o Teatro de Brinquedo, no subsolo do Cassino Beira-Mar.
Em
1928, Luiz Carlos Peixoto de Castro apresentou, entre outras, a revista Miss Brasil,, na qual foi lançado o samba canção Ai, Ioiô, parceria com Henrique Vogeler, na voz de Aracy Cortes, e que se tornou rapidamente um grande sucesso e um clássico da MPB, regravada entre outras por Odete Amaral, Ângela Maria, Isaura Garcia, Dalva de Oliveira, Elizeth Cardoso, Maria Bethânia e Tetê Espíndola.
Em
1937, Luiz Carlos Peixoto de Castro escreveu com Gilberto de Andrade a revista Quem vem lá, com músicas de Ary Barroso e Assis Valente. E, em 1941, escreveu com Freire Jr. a revista Brasil pandeiro, com músicas de Assis Valente e a participação, entre outros, da atriz Alda Garrido e da dupla Jararaca e Ratinho.
Em
1945, escreveu com Geysa Bóscoli e Paulo Orlando, Canta Brasil, em homenagem à tomada de Monte Castelo pelos pracinhas brasileiros na Itália, levada à cena no Teatro Recreio, com músicas entre outros de Ary Barroso, Sá Pereira e Alcyr Pires Vermelho.
Em
1946, ele foi um dos fundadores da SBAT (Sociedade Brasileira dos Artistas Teatrais), que lutava pela melhora evida dos profissionais do ramo, tendo sido diretor e conselheiro por várias vezes.
Em
1947, lançou O que eu quero é rosetá, com Geysa Boscoli, estreada no Teatro Carlos Gomes e que contou com as presenças de Emilinha Borba e Jorge Veiga.
A terceira fase do teatro de revista se deve à gestão de
Walter Pinto, à frente dos negócios do pai, que falece em 1938. Sua companhia substitui o interesse dos primeiros atores pela credibilidade da empresa na produção de grandes espetáculos, em que um elenco formado por numerosos artistas se revezam em cada temporada. A direção investe na ênfase à fantasia, por meio do luxo, de grandes coreografias, cenários e figurinos suntuosos. A maquinaria, a luz e os efeitos equivalem ao intérprete em importância. Mas, aos poucos, a revista começa a apelar fortemente para o escracho, para o nu explícito, em detrimento de um de seus alicerces: a comicidade, e, assim, entra em um período de decadência, praticamente desaparecendo na década de 60.
A pesquisadora Neyde Veneziano assim resume a importância do teatro de revista brasileiro: "Ao se falar em teatro de revista, que nos venham as idéias de vedetes, de bananas, de tropicália, de irreverência e, principalmente, de humor e de música, muita música. Mas que venha também a consciência de um teatro que contribuiu para a nossa descolonização cultural, que fixou nossos tipos, nossos costumes, nosso modo genuíno do 'falar à brasileira'. Pode-se dizer, sem muito exagero, que a revista foi o prisma em que se refletiram as nossas formas de divertimento, a música, a dança, o carnaval, a folia, integrando-os com os gostos e os costumes de toda uma sociedade bem como as várias faces do anedotário nacional combinadas ao (antigo) sonho popular de que Deus é brasileiro e de que o Brasil é o melhor país que há."
Música:
O teatro foi sempre um porto seguro para os mais importantes compositores da nosso pais. Por ele passaram Chiquinha Gonzaga, Carlos Gomes, Ary Barroso, Assis Valente,Tom Jobim, etc.
Os autores sempre usaram amúsica para dar um carater ludico aos comentários sobre a realidade cotidiana tornando mais eficiente a transmissão das mensagens.
Além disso, destacavam-se como elementos composicionais de uma revista o texto em verso, a presença da opereta(da comédia musicada), o fandango, o samba, e em tempos modernos a bossa nova.
Destacam-se:
No Tabuleiro da Baiana Tem, Cantoras do Rádio, Taí, Sassaricando, Bandeira Branca, Meu Ébano, Meu Coração Faz Tica Tica Bum.
Fonte: Wikipédia

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