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Primeiramente....bem vindos ao blog , espero colaborar um pouquinho com a divulgação desse meio maravilhoso que é o dos musicais! As atualizações estão muito difíceis por causa da tremenda falta de tempo que eu tenho ultimamente, espero que logo mais eu possa me empenhar mais aqui no blog! Deixem seus comentários, eu faço de tudo para respondê-los mesmo que demore e os respondo nos próprios comentários!se tiver correções tbm mande...mas eu naum sei qdo vou poder corrigir!! Se você tiver novidades também me procure (POR FAVOR) porque assim fica mais fácil quando eu tiver tempo para vir por aqui!
Desde já agradeço a todos!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Orfeu da Conceição






Excerto de "La Leyenda Dorada de los Dioses y de los Heroes", de Mário Meunier.Reproduzido do livro 'Orfeu da Conceição', Vinicius de Moraes, Livraria S. José, Rio, 1960.
Conheça, através deste pequeno resumo, a história na qual Vinicius de Moraes se inspirou para escrever a peça "Orfeu da Conceição".
Orfeu teve desgraçado fim. Depois da expedição à Cólchida, fixou-se na Trácia e ali uniu-se à bela ninfa Eurídice. Um dia, como fugisse Eurídice à perseguição amorosa do pastor Aristeu, não viu uma serpente oculta na espessura da relva, e por ela foi picada. Eurídice morreu em consequência, e desde então Orfeu procurou em vão consolar sua pena enchendo as montanhas da Trácia com os sons da lira que lhe dera Apolo. Mas nada podia mitigar-lhe a dor e a lembrança de Eurídice perseguia-o em tôdas as horas.
Não podendo viver sem ela, resolveu ir buscá-la nas sombrias paragens onde habitam os corações que não se enterneceram com os rogos humanos. Aos acentos melódicos de sua lira, os espectros dos que vivem sem luz acorreram para ouvi-lo, e o escutavam silenciosos como pássaros dentro da noite. As serpentes, que formam a cabeleira das intratáveis Eríneas, deixaram de silvar e o Cérbero aquietou o abismo de suas três bocas. Abordando finalmente o inexorável Rei das Sombras, Orfeu dêle obteve o favor de retornar com Eurídice ao Sol. Porém seu rôgo só foi atendido com a condição de que não olhasse para trás a ver se sua amada o seguia. Mas no justo instante em que iam ambos respirar o claro dia, a inquietude do amor perturbou o infeliz amante. Impaciente de ver Eurídice, Orfeu voltou-se, e com um só olhar que lhe dirigiu perdeu-a para sempre.
As Bacantes, ofendidas com a fidelidade de Orfeu à amada desaparecida, a quem ele busca perdido em soluços de saudade, e vendo-se desdenhadas, atiraram-se contra êle numa noite santa e esquartejaram o seu corpo. Mas as Musas, a quem o músico tão fielmente servira, recolheram seus despojos e os sepultaram ao pé do Olimpo. Sua cabeça e sua lira, que haviam sido atiradas ao rio, a correnteza jogou-as na praia da Ilha de Lesbos, de onde foram piedosamente recolhidas e guardadas.


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Orfeu da Conceição estreiou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 25 de setembro de 1956, e lá ficou em cartaz durante uma semana. Uma nova temporada de um mês foi depois realizada, desta vez no Teatro República.


  • Texto e Música: Vinicius de Morais e Tom Jobim

  • Direção:Leo Jusi


  • Cenários:Oscar Niemeyer


  • Elenco:

Haroldo Costa (Orfeu)


Dirce Paiva (Eurídice)


Léa Garcia (Mira)


Cyro Monteiro


Abdias Nascimento (Aristeu)


Pérola Negra,


Waldir Maia


Adhemar Ferreira da Silva

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