BOAS VINDAS E EXPLICAÇÕES

TEMPORARIAMENTE FORA DO AR!!!!

Primeiramente....bem vindos ao blog , espero colaborar um pouquinho com a divulgação desse meio maravilhoso que é o dos musicais! As atualizações estão muito difíceis por causa da tremenda falta de tempo que eu tenho ultimamente, espero que logo mais eu possa me empenhar mais aqui no blog! Deixem seus comentários, eu faço de tudo para respondê-los mesmo que demore e os respondo nos próprios comentários!se tiver correções tbm mande...mas eu naum sei qdo vou poder corrigir!! Se você tiver novidades também me procure (POR FAVOR) porque assim fica mais fácil quando eu tiver tempo para vir por aqui!
Desde já agradeço a todos!

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Roda Viva




A peça Roda viva foi escrita por Chico Buaque no final de 1967 e estreou no Rio de Janeiro, no início de 1968, sob a direção de José Celso Martinez Corrêa, com Marieta Severo, Heleno Pests e Antônio Pedro nos papéis principais. A temporada no Rio foi um sucesso, mas a obra virou um símbolo da resistência contra a ditadura durante a temporada da segunda montagem, com Marília Pêra e Rodrigo Santiago. Um grupo (de cerca de 110 pessoas) do Comando de Caça aos Comunistas - CCC - invadiu o teatro Galpão, em São Paulo, em julho daquele ano, espancou artistas e depredou o cenário. No dia seguinte, Chico Buarque estava na platéia para apoiar o grupo e começava um movimento organizado em defesa de Roda viva e contra a censura nos palcos brasileiros.

Trecho retirado do site Itau Cultural:

Na crítica ao espetáculo, Marco Antônio de Menezes descreve: "A cortina já está aberta quando você chega: enormes rosas à esquerda, enorme garrafa de Coca-Cola à direita, enorme tela de TV no fundo, uma passarela branca avançando até metade da platéia. (...) A campainha toca três vezes, a platéia faz silêncio, ruídos estranhos saem dos alto-falantes, na tela de TV aparece uma frase: 'Estamos à toa na vida'. (...) Entra o coro, com longas túnicas vermelhas e mantilhas pretas. Canta um triste Aleluia, rodeia Benedito. Aparece o Anjo da Guarda (Antônio Pedro), o empresário de TV, com asas negras, cassetete de policial na cintura, maquiagem de palhaço de circo: 'Benedito não serve, nós precisamos de um ídolo! Você será Bem Silver!' E o coro joga para trás as túnicas e mantilhas, é agora um grupo de jovens iê-iê-iê que canta: 'Aleluia, temos feijão na cuia!' (...) O espetáculo não está somente no palco, o coro invade a platéia, conversa com ela, e o empresário pede um minuto de silêncio em homenagem ao ídolo: cada participante do coro olha fixamente um espectador (agora todos já entendem porque a bilheteria insistiu em vender ingressos da primeira fila). (...) O minuto termina, Bem Silver é carregado para o palco num grotesco andor feito de long-plays e fotos de cantores, conduzido por grotescas caricaturas das 'macacas de auditório', que no fim do primeiro ato o levam embora, deitado sobre uma cruz de madeira, nu, cansado sob o peso do próprio sucesso. (...) Bem Silver, esgotado pelo sucesso, procura o consolo de sua mulher (...) para um linda cena de amor que é repentinamente interrompida pela câmara (sic) de TV e pelo Capeta (o jornalista desonesto) (...). E juntos, o jornalista e o Ibope decretam o fim da carreira de Bem Silver: 'O ídolo é casado! E além de tudo, é bêbado!' Uma procissão de três matronas antipáticas tenta salvar o ídolo exigindo que ele faça caridade. Mas nada adianta, Bem Silver acabou. Só há uma solução: transformá-lo em Benedito Lampião, o 'cantor de protesto', vestido de nordestino, falando de 'liberdade' e de 'vamos lutar'. A esquerda festiva o aclama, o jornalista vendido perde sua porcentagem e a vontade de elogiar o Lampião. O Ibope, vestido de papa, decreta novo fim para Benedito Lampião. Para manter o prestígio, ele deve suicidar-se. (...) A platéia sai do teatro evitando sujar os saltos dos sapatos Chanel nos restos do fígado de Benedito Silva que o coro das fãs devora no final. (...) Tudo é caricatura do religioso no espetáculo, que, como atividade religiosa, se desenvolve em todo o teatro, palco, galerias, platéia (O teatro com que sonhava Antonin Artaud). Para criar o ídolo, ele é liturgicamente paramentado, peça por peça de seu ridículo traje prateado. (...) os atores se dirigem agressivamente à platéia, fazem perguntas, pedem assinaturas em manifestos, sacodem e encaram os espectadores (a censura de 14 anos me parece muito pouco severa para o espetáculo). Bem Silver se encontra com a esposa coroado de espinhos, nu, como o Cristo. A tentativa de salvar o ídolo em decadência é encenada como uma procissão, liderada pelo Capeta (seria a peça toda uma Missa Negra?) - que satiriza o jornalista marrom - usando como cruz o conhecido 'X' de lâmpadas empregado pelos fotógrafos. E a primeira cena entre Benedito e sua mulher é uma caricatura da Visitação de Nossa Senhora. (...) Elementos cristãos, aliás, são misturados com rituais pagãos (o fígado de Prometeu, as orgias de Dionísio), até com rituais políticos (a foice-e-martelo no chapéu nordestino de Benedito Lampião. José Celso, na realidade, mais que dirigir, celebrou Roda Viva".2

Ficha técnica 1° montagem:



Direção: José Celso Martinez Corrêa


Cenários e figurinos: Flávio Império


Direção musical: Carlos Castilho


Coreografia: Klauss Vianna


Direção de produção: Renato Corrêa de Castro e Rony Nascimento


Assistente de direção: Antônio Pedro


Personagens:



Benedito Silva


Ben Silver


Benedito Lampião


Anjo da Guarda


Juliana


Juju


Capeta


Mané


Coro e músicos


Elenco:



Heleno Prestes


Antônio Pedro


Marieta Severo


Flávio São Tiago


Paulo César Pereio


Alceste Castelani


Ângela Falcão


Ângela Vasconcelos


Eudósia Acunã


Érico Vidal


Fábio Camargo


Fernando Reski


Ada Gauss


Jura Otelo


Maria Alice Camargo


Maria José Mota


Pedro Paulo


Samuel Costa


Músicos:



LeãoBrechov


Tião


Zelão


Guaxinim



Ficha técnica 2° Montagem:




Direção:José Celso Martinez Corrêa


Cenários e figurinos:Flávio Império


Direção musical:Carlos Castilho


Coreografia:Klauss Vianna


Produção executiva: Renato Corrêa de Castro


Assistente de direção: Antônio Pedro


Assistente de produção e cenografia: Mari Yoshimoto


Assistente de direção musical: Zelão


Assistente de coreografia: Jura Otero


Elenco/ Personagem :



Rodrigo Santiago: Benedito Silva


Ben Silver:Benedito Lampião


Antônio Pedro: Anjo da Guarda


Marília Pêra: Juliana/Juju


Flávio Santiago: Capeta


Paulo César Pereio:Mané

Músicos :



Alex: órgão
Brechov: bateria
Tião: baixo/violão
Guaxinin: piston
Zelão: guitarra/viola/violão



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